17.5.11

A Solidão nos Limiares da Pessoa e da Solidariedade (Porto)

Apresentação

Nos dias 18, 19 e 20 de Maio de 2011 terão lugar em simultâneo no Porto (Portugal), o Congresso Internacional “A solidão nos limiares da pessoa e da solidariedade: entre os laços e as fracturas sociais” e o III Congresso da SOFELP – Sociedade de Filosofia da Educação de Língua Portuguesa. Este congresso é uma iniciativa conjunta do Gabinete de Filosofia da Educação / Instituto de Filosofia da Universidade do Porto / R. G. Filosofia da Educação no Espaço de Língua Portuguesa / R. G. Filosofia da Educação e Contemporaneidade, do ISCET – Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo / área do Serviço Social e da SOFELP, em parceria com a SOFPHIED - Société Francophone de Philosophie de l’Éducation e a UNINOVE – Universidade Nove de Julho (São Paulo, Brasil) e com o apoio da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Este evento conta com a colaboração da FISP – International Federation of Philosophical Societies e da SAF – Sociedad Argentina de Filosofia.

Espera-se com este encontro uma partilha interdisciplinar de conhecimentos e reflexões a partir de problemáticas incontornáveis da sociedade contemporânea como o são a solidão e a solidariedade nas suas conexões complexas com os projectos educativos e de intervenção social. Para além de conferências e mesas-redondas conduzidas por especialistas nestes domínios, haverá espaços para a apresentação de comunicações de acordo com as temáticas discriminadas.


Temática


As sociedades contemporâneas estão marcadas por mutações de profundo significado que nos obrigam a questionar conceitos e concepções de vida. Fenómeno de grande relevância é o da transformação aguda e acelerada das relações sociais e pessoais. Relações marcadas nomeadamente pela convergência de antigos e novos laços sociais que, na sua dinâmica, se desenvolvem muitas vezes numa relação crítica com a emergência de fracturas sociais. Entre os primeiros e as segundas emerge a figura tão presente quanto indecisa da solidão, a qual, na diversidade das suas vivências e das suas conceptualizações, interroga, por sua vez, os estereótipos tradicionais da solidariedade pessoal, comunitária e societal.


Se vivemos ainda no rescaldo das opções de Thomas Hobbes sobre o estatuto do Estado, de Rousseau sobre o contrato social e de Locke sobre a propriedade, vivemos também com certeza depois deles, e, sobretudo, com outras representações sobre a coesão social e o papel do indivíduo.


Tão consumada quanto ameaçada a ideologia do progresso e, com ela, a soberania orgulhosa do sujeito humanista, importa agora debruçarmo-nos, com urgência, sobre os limites, os limiares, a vulnerabilidade e a fragilidade de um ser humano a quem se colocam os desafios do niilismo e do relativismo perante a angustiante e incontornável necessidade de esperança.


Secções


I. Solidão sofrida e solidão escolhida: angústia, esperança e projectos de vida;

II. As idades, os percursos de vida e a solidão;

III. Solidão e solidariedade nas sociedades rurais e urbanas: continuidades e rupturas;

IV. Solidão e solidariedade na perspectiva do futuro: liberdades e ética ambiental;

V. Ciberespaço e globalização: velhas e novas solidões, velhas e novas solidariedades?;

VI. A solidão e a solidariedade como tópicos dos projectos educativos e de intervenção social: abordagens empíricas e epistemológicas;

VII. A solidão e a solidariedade perante os desafios da inclusão e da exclusão: os limiares da vulnerabilidade;

VIII. Solidão, depressão e melancolia: conexões e distinções;

IX. A «natureza»: lugar de solidão ou desafio às solidariedades humanas?;

X. Entre os laços e as fracturas sociais: o estatuto e a reemergência da pessoa.



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